quinta-feira, novembro 6

Os Sábios Ensinam - Fatídico Retorno


Retorno ao Lar

Sentei-me, à bordo do ônibus comercial Niterói-Araruama. 15:54 h, antes da viagem o calor é sempre infernal e a janela aberta só o alivia depois que o automóvel ganha movimento. O vento traz uma sensação paradisíaca momentânea, como se o corpo estivesse largado sobre uma relva acolchoada; logo se transforma em ventania que fustiga minha massa capilar, desamparando-a, o que me obriga a manter apenas um diminuto espaço de entrada de ar.

Sobre mim, a nuvem de fragmentos de sons, cores, texturas e formatos que me acompanharam nos últimos dias. Repassando os componentes do passado recente – pessoas, livros, sentimentos, ilustrações, pensamentos, momentos – percebo que estou vivendo intensamente. Envolvo-me com algo maior, que não sei explicar direito o que é. Trilho um caminho que é um sonho árduo rumo ao Inominável, que uma vez alcançado receberá um eu completamente distinto. Cresce em mim um quê de superioridade e importância: enfrento o mundo como um homem das letras e, como tal, hei de ser destinado à grande filosofia, ao conhecimento esplendoroso, ao domínio de verdades ocultas. O ego elevado não dura mais que um minuto, posto que a simplicidade e o bom senso batem à minha porta, e lembro da mais verdadeira das mentiras: a arte não é nada mais que uma paródia da realidade. Desde quando escrever lançará areia onírica sobre a massa concreta?

A redescoberta da minha não importância desaba sobre o estômago. Da janela eu vejo a vida no Rio de Janeiro sendo deixada para trás. Observo os últimos grafites sob a ponte, remontando à noite em que, contagiado de idéias, o grafiteiro deixou seu beijo ali marcado.

Mais cedo, enquanto em outro ônibus, que se deslocava do meu apartamento para a rodoviária, escutava samba, tocado por uma dessas bandinhas de velhos amigos. Eles estavam a caráter, com chapéu e roupas comuns, bigode e rostos típicos cariocas. A música era como uma navalha que perfurava o coração, pois uma das capacidades do samba tradicional é mexer com o ambiente interno das pessoas, contagiando de saudades e paixão qualquer alma, oca ou não. Como eu, muitos passageiros sorriam. Podia ser que este fosse um dos poucos momentos de alegria para boa parte daquelas pessoas, inclusive dos quase idosos tocadores. Sei que posso estar completamente enganado, mas essa marca do fugidio sempre me acompanhou, e isso que me fez (e faz) crer que aquelas vidas eram vazias a quase todo instante. Mas o samba tornava tudo cheio naquele momento – os sambistas mostravam o cd com foto deles na capa. Foi um momento de felicidade intensa, e eu nem me dei conta de que meu coração poderia vir a sangrar novamente. Quando o pandeiro e o tan-tan se silenciaram no último golpe, o melhor do dia se foi, deixando a todos nós do ônibus carentes.

Volto ao presente do segundo ônibus, aquele que retorna ao lar, e adormeço com um livro infantil no colo.
Acordo na rodoviária de Araruama, a fila apressada para sair do automóvel. Vivi dezoito anos e meio da minha vida nesta cidade – nesse tempo viajei pouco mais que cinco vezes. O calor é completamente aliviado pelos ventos litorâneos, mas as ruas denunciam uma solidão desesperada até chegar à casa dos meus pais – que eles insistem ser a minha casa também.

Fico sem jeito ao andar pela cidade, as ligações com ela enfraquecem-se visita a visita. Outras pessoas agora são mais donas daqui do que eu, por isso mesmo não as quero ver, nem enfrentar a naturalidade com que atravessam as ruas vazias. Vejo as velhas pessoas da praça, fumando, e penso que nunca soube classificá-las, nunca saberei quem são realmente, mas já agora consigo nutrir respeito por eles. Sou desencontrado na sociedade, como eles, embora de maneira diferente.

Dez minutos depois, estou batendo à porta da “minha” casa. Algazarra de crianças é a resposta que escuto, sendo surpreendido depois por três criancinhas alegres e pululantes. Pouco depois delas aparece minha prima, encorpada e um tanto cansada, com um sorriso genuíno e bonito. Culpa das crianças, que em sua inocência e desprendimento fazem dos adultos invejosos, mas sorridentes. Dou o primeiro dos dez abraços – prima, primo, tia-avó, amigas da mãe, pai, vizinha, amiga, amigo, outra amigo – até chegar ao abraço da minha mãe. Antes disso, em cada um dos abraços e saudações, noto como minha aparência e presença são únicas para cada um deles – da minha parte, trato-os como números e substantivos nada únicos. Finalmente acontece o retorno: o abraço materno, que dura mais que qualquer um daqueles abraços anteriores. É quase como uma amizade gratuita que nos envolve, dali a pouco poderíamos beber juntos, xingar os caretas, falar de nossas experiências sexuais, é tudo belo como reencontrar qualquer amor.

“Você voltou mesmo a beber, filho! Poxa, me decepcionou”, com pesar ela corta meu fluxo de amor e carinho, lembrando que nada de amizade gratuita entre nós. Somos “mãe e filho” e aquele abismo inventado entre as duas partes se abre, nos fazendo pular para trás para não cair.

“Não fique triste, mãe, só por eu ter voltado a beber não me faz em nada diferente. E mais, tenho coisas boas pra contar, estou escrevendo um livro com uns amigos”. “Tá, a gente conversa. Estava morrendo de saudades”. Ela também me fez (e faz) uma falta de querer derrubar lágrimas – mesmo quando perto dela. Não sei se acontece com todos os filhos, no entanto estou sempre saudoso perto dos familiares. É tudo tão diferente do que já foi um dia: tudo cinza agora, quando o que foi era colorido, era novo, era o mais importante, o mais excitante. Estão todos velhos. No glorioso passado, eu tinha uma mãe perfeita e terna, um pai carinhoso e heróico, uma irmã que era minha melhor amiga e tinha asas como as que acho que ainda tenho. Estão todos vencidos, viraram pessoas ordinárias, como eu, só que a paixão pela vida está tão consternada, agonizando.

Covarde, escondo-me no banheiro e choro a tristeza dessa revelação, sinto uma angústia extrema, mas estranhamente não consigo derramar nenhuma lágrima. Nunca me senti tão só no que era meu lar. Eu sabia não ser mais pertencente a ele, estava cada vez mais aparente essa confirmação, essa solidão. Os adultos tristes na sala, minha irmã se refugiando deles através da hipnose televisiva, seu insuportável marido se esforçando por uma nova vida, pois estava relativo desemprego. Ela conversava com as senhoras, sorria para todas, mas não era o sorriso apaixonado da vida, era o forçado da conveniência, da necessidade. Choro também por dentro – se fosse há alguns anos atrás me debruçaria sobre meu irmã.

Três anos atrás, em meu décimo sétimo aniversário, me mantinha acordado nas primeiras horas de 1 de janeiro. Não haveria festa, eu não gostava. Na verdade, apenas o desespero me batia no peito. Eu era sozinho e não sentia vida, apenas ilusões. E foi com o sonho que me aliviei. Escrevi sobre meu estado, minha dor de paixões mortas, de amigos incompreensíveis, de solidão infinda e me aproximei do meu anjo. Encharquei minha irmã com o desespero e a dor que me inundavam, e ela nos enxugou, enlaçando-me em um abraço maravilhoso, com uma força de doçura tão poderosa que me desfiz completamente. Meus pulmões se comoveram e entraram em convulsão em uma das mais marcantes danças de amor da minha existência, porém certeza tenho que a mesma nunca veio a entender verdadeiramente o que se passava na minha cabeça e no meu coração.

Meus pensamentos lacrimejam sem parar. Será que, às escondidas, os demais choram? Ou, como eu imagino, perderam o viço dos sentimentos? As pontes entre nós eram cada vez menos atraentes, verdade afiada. Todo o modo de vida pré-fabricado socialmente se fazia presente em meus pais e irmã, portanto eu me sentia com um resto de sonho, com algo diferente, como se ainda detivesse certa liberdade de escolha e controle do meu destino. Mas o que os tinha levado até ali? Por que resolveram estancar e viver de mínimos prazeres e nenhum livre-arbítrio?

Minha mãe, quando mais nova, enfrentara uma ruptura que a modificou por completo. Hoje em dia, tema tão comum para os filhos, a partida há trinta e cinco anos atrás poderia devastar a sanidade familiar. Mamãe e seus quatro irmãos foram criados sob uma atmosfera de sonhos, aquela mesma que conservo em mim até hoje – minhas asas. Acreditavam em lobisomens, saci-pererê, jumentos inteligentes e histórias fantásticas – um dos meus tios crê até hoje que quando tinha 12 anos ficou preso dentro de um frasco de biscoitos. Viviam os pequenos em uma harmonia alimentada por uma suposta tranqüilidade financeira, vasta quantidade de roças e de aventuras em cada uma delas. As meninas eram princesas, os rapazes, príncipes, e de ossos de galinha e terra eram compostos seus reinados.

Então, o fantasma da cozinha que atacava os pães à meia noite foi afugentado. Não existia mais cozinha e aventuras como aquelas, nem mesmo namoro proibido no matagal. As roças estavam sumindo, indo pras mesas de jogos e a família se reduziu a uma cidade, a uma urbanidade realista e fria. Ainda assim, no novo lar, o sonho era mantido de alguma forma; com empenho os meninos e meninas tinham fé que nada havia mudado. O sonho da família se quebrava nos corações daqueles crentes meninos. Acredito que nesse momento que minha mãe se perdeu, o mesmo para os irmãos. Ela viu meu tio mais velho sumir, maluco e com uma mala nas costas, por três anos, até ser encontrado no Rio Grande do Sul. Outro tio nunca mais quis saber da família reunida, se isolando em sua coleção de selos e, posteriormente, de filmes e cartões telefônicos. Um tio mais novo pouco sofreu, por ser ainda tão jovem – ele é o mais alegre da família. Diante disso tudo, minha mãe e minha tia ficaram em casa, sem ação. Sentiam-se responsáveis pela união da família, todavia era uma responsabilidade enorme para duas jovens. No final do primeiro ano de tragédia, minha mãe foi enviada da cidade onde morava para Niterói, para ficar na casa de uma família trabalhando como doméstica. Estava legitimada a desunião familiar.

Essa triste história é repetida de quando em quando por algum familiar materno. Acho que os danos foram realmente irreversíveis, os sonhos (quase) completamente dissolvidos. Ainda hoje minha mãe tenta se manter animada e é conhecida por sua aparente alegria, só que para mim o que ela sente é uma diversão desesperada, uma tentativa já sem verve de recuperar a juventude. Atualmente, ela é consumida pela paranóia de ser a boa dona-de-casa, mesmo lutando para ter sustento próprio. Ela não tem forças, devotando sua submissão ao “chefe da casa”.

Em relação ao meu pai, fica ainda mais difícil bolar uma hipótese para sua frieza. Ele parece triste o tempo todo. Existe uma preocupação contínua dentro dele, assim como um rígido senso de certo e errado muito limitante. Tenho fragmentos mnemônicos de brigas entre ele e minha mãe – eu sempre a defendia. Certa vez, ele me deu uma malinha revestida de recortes de jornal que achei muito bonita. Resolvi deixá-la arrumada, porque eu achava tolamente que poderia viajar a qualquer momento e não teria tempo de me aprontar. Preenchi-a com revistas em quadrinhos e umas poucas roupas. Nesse mesmo dia, meus pais entraram em uma briga e minha mãe ameaçou sair de casa e voltar para sua terra natal. Contente, me apresentei entre eles com minha malinha infantil balançando de agitação e disse que estava pronto pra ir embora. Aquilo cortou o coração deles – e ajudou meu pai a acordar. De uma hora para outra virou outra pessoa – sério e isolado, mas sóbrio.

As pressões internas e externas sempre coagiram meu pai. Desde muito jovem trabalhava no Exercito, até se tornar cabo e abandonar o serviço militar para cursar Contabilidade em uma faculdade da vida. Naquela época ouvia de forma imperiosa a filosofia do meu avô: “Seja íntegro, honesto e trabalhador. Não reclame!”. E isso se traduziu num homem para o qual o trabalho vem em primeiro lugar, de forma alienada. Meu pai não teve momentos para ser feliz, para suas aventuras, para se sentir livre. Não foi como minha mãe que antes de perder isso pôde experimentar dos sonhos e da fantasia – e por isso, mesmo que raramente, ainda perscrutava suas emoções. Ele foi criado na crueza. A bebida e um caso extraconjugal foram suas experiências mais recalcitrantes e que as pressões rapidamente recalcaram. Depois, ofuscou.

Durante as palmas do aniversário, meu pai não está presente – a casa “cheia” de gente para o gosto dele. Converso um pouco com os familiares. Eles elogiam meus pais e os filhos maravilhosos que possuem, educados e inteligentes – somos o exemplo de família. A nenhum deles interessa saber os sonhos que cruzam minha mente, minhas paixões recentes, a minha fantasia única sobre a Terra. No entanto, deles eu consigo captar um pouco de tudo que vivem. São pessoas que bastam de um pouco de coragem para conseguirem ver o potencial explosivo que guardam para a vida. Por que as caras tristes e a alegria por tão pouco? O incômodo que sinto é muito grande.

Minha irmã teve amigos durante uma época da sua vida. Ela os via na escola, saía com eles até, achava seus hábitos chatos para um garoto de família (beber e dançar pelas boates da vida) e sempre estava próxima de alguém. Mas, de fato, ela não era só: tinha a mim. Éramos muito criativos e unidos: antes de dormir, passávamos horas a fio planejando coisas sem sentido, inventando piadas. Éramos próximos demais um do outro e eu me sentia bem com a amizade. Isso durou por muito tempo, e nessa época eu não sentia necessidade de mais ninguém. As mudanças nesse relacionamento se deram por um processo gradativo: minha irmã começou a namorar com alguém sem caráter e violento, o que aos poucos começou a me inquietar e me fazer sentir como se estivesse dentro de uma terrível prisão. Ela conversava comigo sobre garotos e dizia apoiar minha maneira romântica de levar o assunto naqueles tempos, entretanto descobri por uma outra pessoa um segredo dela: após diversas brigas e confusões descobri que a mesma iría casar. Comecei a sair com os amigos que tinha e deixá-la só, na frente da televisão – ela parecia se contentar com isso, quando também não estava próxima do seu atual marido que na época era seu namorado. Assim fomos nos distanciando, e eu fui descobrindo um outro mundo que não podia dividir com ela.

A coroação da nossa separação se deu quando ela finalmente se formou na faculdade e casou, ocasiões as quais não fui convidado. Todas as nossas brincadeiras, que eu cria abandonadas, ela fazia com ele. Foi como uma terceira traição, que me fez desistir do nosso passado. Hoje, não mais nos falamos, mas apenas nos viramos e trocamos um obrigatório: “Bom dia” ou “Boa noite” isso quando o fazemos.

As pessoas que me acompanham essa noite sofrem mesmo como seus rostos denunciam? Fico pensando até quando aqueles adultos – falo adultos porque é uma maneira rápida de se referir a quem acha que já cresceu o suficiente – podem sustentar faces tristes e mal acabadas de desgosto. Meu pai chega, me dá um abraço comum e sério e sai de perto. Não nos damos bem desde que nasci eu acho.

Eu, de alguma forma, sempre contrariei o padrão rígido de valores e pressões que ele se impunha. Quando mais jovem eu aceitava melhor, embora com certa rebeldia – característica que minha irmã, cinco anos mais velha do que eu, nunca apresentara até começar a trabalhar. Com o passar dos anos, cada vez menos fazia sentido o padrão de valores do meu pai. Aposentei a necessidade de horários para tudo e percebi que ficava menos escravo da fome e do sono em horários regulares. Comecei a beber e sair e descobri que essas atividades poderiam me dar prazer e serem controláveis. Uma nova vida estava se abrindo e eu aproveitava tudo com muita emoção. Prolongamento que sinto até agora – a importância de ter acessado o lado proibido foi imensa, sem essa experiência eu seria muito mais covarde quanto a muitas coisas que parecem ser perigosas.

A seriedade paterna, no entanto, se transforma quando ele se dá conta de um detalhe inocente.

“Quer dizer que você voltou a beber?”
“Sim, meu pai”.
“Você faz tudo pra contrariar, não é mesmo?”
“Não, meu pai. Eu voltei a beber porquê eu gosto”.
“Bonito como beber, não é? Eu me esforço tanto por você, pra te dar educação e você faz isso”.
“Mas meu pai, o senhor está tendo sucesso. Eu sou um menino inteligente, com boas notas e capaz de ser criativo e escrever bem. O senhor que não procura ver isso”.

Então, ele se vai. Liga sua preciosa televisão e se fecha em seu mundinho. Estaria chorando agora? Provavelmente, como eu fizera há alguns momentos atrás. Seu choro era sempre contido e isso me entristece muito. Um pequeno detalhe como aquele era capaz de desestruturá-lo e fazê-lo achar que eu era diferente e me associava a criminosos de rua. Esta era a pior coisa do código de bem e mal do meu pai: ele nunca poderia me compreender, nem entender a nuance da maioria das coisas. Ele, talvez ainda quando jovem, fora totalmente modificado e levado a ser um homem moderno e binário em proporções radicais.

Meus amigos, ah... grandes amigos, alguns deles totalmente insubstituíveis, nesse momento me vem o semblante um deles que se foi a vários anos atrás, sinto uma sensação de aço frio atravessando meu coração, pensei que tinha derramado lágrimas suficientes mas a saudade é grande demais, meus amigos são meu porto seguro, tenho um sentimento incondicional por cada um deles de modo a prezá-los praticamente mais que alguns membros da minha família. Eles são meu pilar de sustentação, sei que sempre estarão prontos a me ajudar mas não podem estar sempre comigo.

É o pior retorno ao lar da minha vida. Não existe mais espaço para o meu ser dentro desta casa. Tornei-me profano e demoníaco, embora ainda atraente para os moradores daqui. A aura depressiva será constante em cada visita a este lugar onde não posso ser o que sou. Minha obrigação é simular o jovem que eu era antes, bem antes. Só que o antes era de cores que nunca mais retornarão e esse horizonte é uma cela.

Novamente, sinto a bordoada da realidade. Com que direito me ponho a ser quem analisa essas pessoas e casos? O que eu tenho que os outros não têm? Meus sofrimentos me assaltam agora. Se ali quisesse viver, teria de me enquadrar no cinza. Seria, então, como todos eles, hirto e convencional. A diferença estava na vivência que eu possuía. Mesmo assim, em minha vivência eu atingiria limites – isso não me tornaria convencional após algum tempo?

O retorno àquele lar harmonioso do passado, de fato, está impossibilitado de acontecer. Minhas mudanças me transformaram em alguém paradoxal para esta casa e cada segundo dentro dela me faz ter saudade do meu novo lugar no Rio de Janeiro – este sim que me aceita de braços abertos. Não tenho coragem e nem posso dizer “adeus pais, amo vocês”. Ser o filho perfeito do casal perfeito será minha sina até poder estar livre da cruel dependência financeira.

2 comentários:

Unknown disse...

Poxa Leo,vc escreve mt bem!!!Mesmo!
Dá pra sentir cada palavra q está escrita nesse texto,fiquei aqui imaginando como vc se sentiu depois de desabafar...
Olha,vc sabe que nos conhecemos a pouco tempo,mas já deu pra perceber o brilho que tem aí nesse seu coraçãozinho brilhante!Continue a escrever,alivia a alma,acalma os sentimentos,acorda os sentidos para a vida....^^ te doru mt

{*_=+Tiago+=_*} disse...

É, mudanças sempre trazem devastações e mudanças, sempre foi assim na vida de todos nós.
Acho que as mudanças tanto na sua quanto na minha vida, estão sendo boas, com previsão para melhoras né?
Adorote amigo