quarta-feira, dezembro 10

O Sábios Ensinam - O encontro com o Rei!



Hoje foi um dia diferente, um dia corriqueiro, comum até... retorno à minha casa após um longo e prazeroso dia de trabalho, caminhando... ando... ando... e a distância parece nunca diminur, quando subitamente ela vem... para quebrar o silêncio da calada da noite... sim, ela vem rapida e sorrateira, a chuva, me deparo com ausência de proteção... sinto suavemente suas gotas serpentearem pela minha face como se levassem algo de mim e limpassem minha alma... quando repentinamente sinto como se existisse uma outra presença no meio de todo aquele vazio!

Ouço uma voz familiar que me diz suavemente:

- A quanto tempo não nos vemos não é mesmo? Pensei que havia se esquecido de mim ou de "nós"!
- Como haveria de fazer isso? Creio que somente não tive muita coragem de te encarar desde o grande incidente...
- Hahaha, tinha esquecido por um único instante que você possui sentimentos!
- Muito engraçado isso vindo de "você", falando assim até parece que somos muito diferentes...
- Talvez sejamos... talvez não sejamos... mas o mais importante neste momento não é isso, vida um tanto turbulenta ultimamente não acha?
- Não creio que vás tocar neste assunto agora...
- E de veras não só pretendo como já toquei, um tanto conturbada estás desde que se mudou e retornou certo?
- É, tem estado sim, como você óbviamente deve saber... trabalho, problemas, mentiras, decepções, somente os procedimentos de prache pelos quais sempre passo e sempre sou vítima!
- Como era de se imaginar, mas como sempre tu estás a proclamar somente as tristezas e problemas, coisas boas vieram a acontecer, ou será que estou enganado?
- Com certeza aconteceram, mas a sombra cruel das decepções parece encobrir tudo de bom que aconteceu...
- Tu sempre foste desta forma, sempre com este negativismo pífeo, talvez você evesse realmente seguir o conselho de nossa amiga e deixar as coisas más para trás, perdoar e esquecer... talvez se vieres a fazer isso tua vida melhores um pouco já que dizes que é tão terrível!
- Hahaha, um tanto hipócrita você é nesse momento, você diz esas coisas como se você já não tivesse passado por coisas de alcunha semelhante e igual... O típico "Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço" certo? Como se você não sofresse com esse tipo de coisas...
- De veas estás correto... sofrer até o mais poderoso dos reis já sofreu e sofre, porém só estou a dizer que você pode expandir um pouco mais a sua mente para as coisas que estão ao seu redor!
- E dar brechas para as pessoas brincarem com os meus sentimentos e atropelarem meu orgulho e o meu ser por inteiro? Muito obrigado mas não, não estou disposto a isso neste momento!
- Tu és bem patético ao meu ver... o que você veio a se tornar na minha ausência? Parece mais um animal acoado do mundo ao seu redor por causa de alguns predadores e mesmo assim esquecendo que existe um mundo ao seu redor e que não há um algoz à espreita em todas as esquinas... um tanto desapontado para com vós estou neste momento...
- Patético? Eu? Fácil para você falar, você se julga superior, o sensato, o racional, o "rei deste mundo" diagmos por assim dizer não é mesmo? Mas você sabe que nunca mais fomos os mesmos depois daquele acidente a anos atrás...
- Disto sei, e sei muito bem para o seu conhecimento, porem creio que eu fui o único que parou de viver a partir dos instintos, aprou de viver se enganando, parou de agir como se todos fossem boas pessoas e parou para se utilizar do bom senso!
- Você fala fala com a convicção de quem tem a certeza de que eu estou perdido!
- E você está, talvez seu mundo tenha parado por alguns instantes e o "rei" tivesse se visto obrigado a aconselhar seu súdito que está no controle agora, você tem sido hipócrita e mentido para sí e seus sentimentos.
- Você não sabe de nada... não fale como se soubesse de tudo o que eu sinto pois você não sabe, o recentimento e a mágoa, a discrença no ser humano agora é por demais vasta...
- Mais uma vez... patético... você mais parece atuar em uma peça de marionetes na qual as pessoas que lhe fizeram mal estão controlando suas linhas, será que não percebes que deves deixar isso tudo para trás e acordar para o momento?
- Acordado estou e até demais, você que não entende o que se passa, a falta de coragem de voltar a acreditar, de confiar...
- Até entendo, e bem por demais, até porque, você mesmo disse não é mesmo, eu sou o "Rei", nós possuímos amigos insubstituívies e você tem plena noção disto, sei que nem só de amigos vive o homem, mas creio que sim, quem os tem tem a maior riqueza do mundo, verdadeiros amigos... e não os quais você diz que lhe feriram e magoaram tanto, lembre-se que das cinzas de toda essa destruição ganhamos uma amiga para a vida toda, talvez você devesse abrir mais os olhos para o mundo que o rodeia e aqueles que te amam..
- Hahahahahahahaha, pois bem, se você diz isso, talvez devesse obedecer ao "Rei" no fim das contas!
- Trocaremos de mascara por assim dizer então, tomarei sua máscarade recentimento ódio e ambição enqunato tomarás minha máscara de sabedoria e vivência, experimentarás viver calmamente e uma vida sem os medos que o aflige, dando valor ao que realmente importa, como seus verdadeiros amigos e o que relamente o ama e que tu amas sem medo de ser feliz, mas sinta-se a vontade de requisitá-la de volta se assim o quiseres... Creio que esse é mais um adeus... ou seria mais um até logo? deixo essas como minhas ultimas palavras para vós... Viva!

E assim aquela voz imponente, mas realmente familiar ao longo foi se afastando desaparecendo na calada da noite por entre as esquinas ecuras do bairro banhado pela chuva interminável... a chuva... em toda sua majestade impiedosa cai sobre mim, suas gotas correm pelo meu rosto mas desta vez dançam pela minha face como as lágrimas que nunca mais consegui derramar desde aquele acidente... tudo por um isntante para, sinto-me novo, renovado... quem sabe quando ele voltará novamente? Quem sabe quando aquela mascara de rancor se colocará novamente sobre minha face e meu coração? Mas por hora, com a benção da chuva uma única palavra ecoa pela minha mente e pelo meu coração... "VIVA!"

segunda-feira, novembro 24

Os Sábios Ensinam - Rabiscos no silêncio


Folha em branco.
É onde tudo começa.

É estranho estar tão sozinho, chega-me a ser agustiante. Posso ouvir tudo
que há à minha volta e isso me causa certo temor. Dentro os pingos da
torneira da pia da cozinha, o ronco dos carros lá fora, cachorros
latindo, geladeiras funcionando, a caneta fulgás escorrendo no papel -
dentre todos esses, o barulho que predomina é o do silêncio. Silêncio!
Silêncio. É tudo tão vaziamente completo nessa atmosfera. Até os
objetos trabalharam para esse acontecimento. As sombras, as cores, os
não-movimentos. E é na falta de informação auditiva que os olhos
funcionam mais eficazmente, olhando com ligeireza as imagens
estataladas. O olhar trabalha tão profundamente nesse excesso de
quietude, que consegue enxergar até o que está dentro: a alma. E lá, é
mais confuso que aqui, nessa mesa bagunçada. Me pergunto se possível
isso seria sem esse indesejado (silêncio).

Descobri-me aguçar também o tato. Não consigo ver cores por ele mas, enxergo sim, alguma
coisa com as mãos. E de olhos fechados.

Que alegria confusa é o ser humano! O ser Leonardo!

No reflexo do vidro eu vejo o roxo na cara. É como se a mancha rubra
viesse condenar a banda podre que há em mim, agora. E nesse silêncio
sem fim, ela lateja, gritando alguma coisa que eu não entendo.

Um, dois, três mosquitos mortos. Essas criaturas chegaram pra acabar com o silêncio paz. Só sobrou o silêncio que fala demais.
Não sabia/sei mais escrever, não parava mais pra isso. Sinto que esse silêncio maldito me proporcionou remeter a mim...
Silêncio bendito.

E depois da folha toda rabiscada, eu me pergunto: o que ainda está em branco?
Um dia, em um novo velho silêncio, eu talvez escreva isso.

Os Sábios Ensinam - Passos desritimados...


Noite sem Lua... Lua sem noite...



Céu de estrelas repletas de saudade
Saudade do tempo que não nos esquece
Esquecimento da vida que nos fere
Ferimento da existência sem sentido
Sentimento em ter a dor como companheira
Companheira de luta, de morte, de perda
Perda de todos meus sonhos
Sonhos perdidos por toda noite


Noite sem lua...
Lua sem noite...


Cansaço de ser apenas um alguém
Alguém que luta, que chora, que mente
Mente e desmente para se manter contente
Contente por ainda poder sorrir
Sorrir da vida que lhe maltrata
Maltrata e fere, humilha, brinca e desfaz
Desfaz promessas e destrói castelos
Castelos de areia que se fundem com o mar
Mar dos tempos esquecidos e obscuros
Obscuros e perdidos por toda noite


Noite sem lua...
Lua sem noite...


E sua vida se constrói
Constrói com os laços imperfeitos da solidão
Solidão que mata, que fere, que rasga
Rasga cada esperança de paixão
Paixão perdida na doce ilusão
Ilusão dos sonhos, do mundo, da vida
Vida sem rumo, na cabeceira do acaso
Acaso e descaso perdidos por toda noite


Noite sem lua...
Lua sem noite...


Frases escassas de sentimentos
Sentimentos dispersos por entre muitos
Muitos que deliram por entre tantos
Tantos que sonham, que choram, que rezam
Rezam por um final feliz
Feliz e sem danos para os que lamentam
Lamentam e sonham e sonham e sonham
Sonham e tem desejos perdidos por toda noite


Noite sem lua...
Lua sem noite.

domingo, novembro 23

Os Sábios Ensinam - Gotas de felicidade!


Chuva



Lá do alto da janela de um "Cofee Shop" eu a vi correndo
Ela era mulher mas naquele dia corria igual menina
Ia atrás de cada gota que caía daquele céu cinzento
Como se fosse a melhor das sensações da sua vida


O céu estava transformado naquela manhã chuvosa
Transbordava água do céu como em uma cachoeira
Cada pingo fazia um barulho único tocando na areia
Aos poucos o som era transformado em uma sinfonia


O barulho que se formou ofuscou qualquer outro som
Mas trazia uma tranquilidade e uma sensação de paz
Que se eu fechasse meus olhos seria capaz de dormir
E poderia sonhar com aquela cena que estava vendo


Era a visão da mulher que corria sem qualquer medo
Parecia uma dança de uma pessoa em pleno transe
Que era protegida por alguma forma mágica de prazer
Que conseguiu se unir com a chuva como um agrado


Em alguns momentos ela suavemente abria os braços
Olhava para cima e sentia todos os pingos em sua face
Parecia que o tempo parava enquanto ela se banhava
Era um retrato quase perfeito que via naquele instante


Calmamente a chuva ia delineando seu corpo coberto
Era uma roupa única que se ajustava as suas curvas
Onde cada gota transcorria parte de sua sensualidade
Deixando a mostra aquela que eu começava a desejar


Não sei quanto tempo fiquei parado somente observando
Mas lembro os gestos que ela desenhou enquanto chovia
Fui enfeitiçado por seu jeito de dançar e por sua harmonia
Naquele dia fui tomado pela mulher que sabia fazer chover


Quando a chuva passou ela caminhou devagar para longe
Aquele corpo de forma simétrica foi se distanciando de mim
Depois de algum tempo só conseguia enxergar o horizonte
E hoje quando chove volto a janela esperando que ela volte.

quinta-feira, novembro 13

Os Sábios Ensinam - Desejos Incontroláveis



Minha Verdadeira Indecência



Não quero choro e não quero reza
Pois trago em peito uma dor maior
Do que minha indecisão do passado


Hoje não quero prece e não quero cura
Quero o sentido exato que você vincula
Quando tem o corpo e despreza a mente


À noite não quero apenas a cama prudente
Necessito mais do que carinhos inocentes
Eu desejo a arte do afago árduo e indecente


Preciso ganhar cada segundo que você possui
Para que meu corpo seja capaz de sobreviver
Preciso das horas e das semanas para lhe ter


Por isso não venha com promessas irreais
Nem com os seus falsos cognatos desta vez
Quero mais do que palavras quero lhe possuir


Não vejo a verdade nas atitudes convenientes
Nem escuto as palavras que sempre desejei
Mas a intensidade de sua presença me supera


O conto de fadas nunca foi minha idéia com você
Não preciso que as aparências sejam mantidas
Prefiro que o desejo seja saciado como antes


Então não vamos sonhar com a ilusão perdida
Mas vamos ter a visão do calor que me atrai
Do corpo que cobiço e das curvas que alucinam


Estou cansado do jogo de palavras e de rimas
Não quero mais jogar com a mesma rotina
Quero algo novo que surpreenda e me prenda


O amor que eu via foi tornado paixão de arredia
E agora sei onde posso começar e onde terminar
Com você só há um jeito que se pode sobreviver


É ter na carne a presença da minha cama
No corpo o sentimento do desejo recente
E em você a minha verdadeira indecência.

Os Sábios Ensinam - O questionário da vida...


A dúvida que é duvidada


Escorrego sobre a acentuada curvatura da dúvida,
num movimento compacto e interminável.
O caminho que percorro,
caracteriza-se por um tempo incerto e pela incessante fricção do corpo,
consequente ao contacto com o passado e com o presente.

Não deslizo como quando era pequeno e me deixava resvalar nos escorregas de várias alturas; este escorregar provoca-me dor.
Na tentativa de encontrar a localização deste sofrimento,
fecho-me em mim como se de uma concha tratasse,
na ideia de que "a solução está em mim" ... embora em vão.

Eu sei que sem o exterior não sou ninguém;
eu sei que os meus pensamentos estão embebidos no exterior;
eu sei que os meus sentimentos estão mergulhados no exterior; eu sei.

Esforço-me para ser racionalmente emotivo ou emocionalmente racional. Será que me esforço? Nesta conjuntura e, decidida a pensar pensamentos,
começo a imaginar as próprias sinapses a estruturarem-se de tal forma que parecem constituir um emaranhado de pontos de interrogação, que me fazem exclamar: o que pensar?

Num movimento ulterior e, já aberta ao exterior, poderia então exclamar: o que dizer?
Lamentavelmente não vislumbro nenhum elemento que me ajude a fantasiar o futuro. Se encontrasse esse referencial dentro ou fora de mim, poderia repensar o presente que seria já passado e revitalizaria-me, com um elixir onde seria predominante uma maior segurança para voltar a sentir, fosse o que fosse.
Disto sim, estou certo que tenho a certeza.

quinta-feira, novembro 6

Os Sábios Ensinam - Fatídico Retorno


Retorno ao Lar

Sentei-me, à bordo do ônibus comercial Niterói-Araruama. 15:54 h, antes da viagem o calor é sempre infernal e a janela aberta só o alivia depois que o automóvel ganha movimento. O vento traz uma sensação paradisíaca momentânea, como se o corpo estivesse largado sobre uma relva acolchoada; logo se transforma em ventania que fustiga minha massa capilar, desamparando-a, o que me obriga a manter apenas um diminuto espaço de entrada de ar.

Sobre mim, a nuvem de fragmentos de sons, cores, texturas e formatos que me acompanharam nos últimos dias. Repassando os componentes do passado recente – pessoas, livros, sentimentos, ilustrações, pensamentos, momentos – percebo que estou vivendo intensamente. Envolvo-me com algo maior, que não sei explicar direito o que é. Trilho um caminho que é um sonho árduo rumo ao Inominável, que uma vez alcançado receberá um eu completamente distinto. Cresce em mim um quê de superioridade e importância: enfrento o mundo como um homem das letras e, como tal, hei de ser destinado à grande filosofia, ao conhecimento esplendoroso, ao domínio de verdades ocultas. O ego elevado não dura mais que um minuto, posto que a simplicidade e o bom senso batem à minha porta, e lembro da mais verdadeira das mentiras: a arte não é nada mais que uma paródia da realidade. Desde quando escrever lançará areia onírica sobre a massa concreta?

A redescoberta da minha não importância desaba sobre o estômago. Da janela eu vejo a vida no Rio de Janeiro sendo deixada para trás. Observo os últimos grafites sob a ponte, remontando à noite em que, contagiado de idéias, o grafiteiro deixou seu beijo ali marcado.

Mais cedo, enquanto em outro ônibus, que se deslocava do meu apartamento para a rodoviária, escutava samba, tocado por uma dessas bandinhas de velhos amigos. Eles estavam a caráter, com chapéu e roupas comuns, bigode e rostos típicos cariocas. A música era como uma navalha que perfurava o coração, pois uma das capacidades do samba tradicional é mexer com o ambiente interno das pessoas, contagiando de saudades e paixão qualquer alma, oca ou não. Como eu, muitos passageiros sorriam. Podia ser que este fosse um dos poucos momentos de alegria para boa parte daquelas pessoas, inclusive dos quase idosos tocadores. Sei que posso estar completamente enganado, mas essa marca do fugidio sempre me acompanhou, e isso que me fez (e faz) crer que aquelas vidas eram vazias a quase todo instante. Mas o samba tornava tudo cheio naquele momento – os sambistas mostravam o cd com foto deles na capa. Foi um momento de felicidade intensa, e eu nem me dei conta de que meu coração poderia vir a sangrar novamente. Quando o pandeiro e o tan-tan se silenciaram no último golpe, o melhor do dia se foi, deixando a todos nós do ônibus carentes.

Volto ao presente do segundo ônibus, aquele que retorna ao lar, e adormeço com um livro infantil no colo.
Acordo na rodoviária de Araruama, a fila apressada para sair do automóvel. Vivi dezoito anos e meio da minha vida nesta cidade – nesse tempo viajei pouco mais que cinco vezes. O calor é completamente aliviado pelos ventos litorâneos, mas as ruas denunciam uma solidão desesperada até chegar à casa dos meus pais – que eles insistem ser a minha casa também.

Fico sem jeito ao andar pela cidade, as ligações com ela enfraquecem-se visita a visita. Outras pessoas agora são mais donas daqui do que eu, por isso mesmo não as quero ver, nem enfrentar a naturalidade com que atravessam as ruas vazias. Vejo as velhas pessoas da praça, fumando, e penso que nunca soube classificá-las, nunca saberei quem são realmente, mas já agora consigo nutrir respeito por eles. Sou desencontrado na sociedade, como eles, embora de maneira diferente.

Dez minutos depois, estou batendo à porta da “minha” casa. Algazarra de crianças é a resposta que escuto, sendo surpreendido depois por três criancinhas alegres e pululantes. Pouco depois delas aparece minha prima, encorpada e um tanto cansada, com um sorriso genuíno e bonito. Culpa das crianças, que em sua inocência e desprendimento fazem dos adultos invejosos, mas sorridentes. Dou o primeiro dos dez abraços – prima, primo, tia-avó, amigas da mãe, pai, vizinha, amiga, amigo, outra amigo – até chegar ao abraço da minha mãe. Antes disso, em cada um dos abraços e saudações, noto como minha aparência e presença são únicas para cada um deles – da minha parte, trato-os como números e substantivos nada únicos. Finalmente acontece o retorno: o abraço materno, que dura mais que qualquer um daqueles abraços anteriores. É quase como uma amizade gratuita que nos envolve, dali a pouco poderíamos beber juntos, xingar os caretas, falar de nossas experiências sexuais, é tudo belo como reencontrar qualquer amor.

“Você voltou mesmo a beber, filho! Poxa, me decepcionou”, com pesar ela corta meu fluxo de amor e carinho, lembrando que nada de amizade gratuita entre nós. Somos “mãe e filho” e aquele abismo inventado entre as duas partes se abre, nos fazendo pular para trás para não cair.

“Não fique triste, mãe, só por eu ter voltado a beber não me faz em nada diferente. E mais, tenho coisas boas pra contar, estou escrevendo um livro com uns amigos”. “Tá, a gente conversa. Estava morrendo de saudades”. Ela também me fez (e faz) uma falta de querer derrubar lágrimas – mesmo quando perto dela. Não sei se acontece com todos os filhos, no entanto estou sempre saudoso perto dos familiares. É tudo tão diferente do que já foi um dia: tudo cinza agora, quando o que foi era colorido, era novo, era o mais importante, o mais excitante. Estão todos velhos. No glorioso passado, eu tinha uma mãe perfeita e terna, um pai carinhoso e heróico, uma irmã que era minha melhor amiga e tinha asas como as que acho que ainda tenho. Estão todos vencidos, viraram pessoas ordinárias, como eu, só que a paixão pela vida está tão consternada, agonizando.

Covarde, escondo-me no banheiro e choro a tristeza dessa revelação, sinto uma angústia extrema, mas estranhamente não consigo derramar nenhuma lágrima. Nunca me senti tão só no que era meu lar. Eu sabia não ser mais pertencente a ele, estava cada vez mais aparente essa confirmação, essa solidão. Os adultos tristes na sala, minha irmã se refugiando deles através da hipnose televisiva, seu insuportável marido se esforçando por uma nova vida, pois estava relativo desemprego. Ela conversava com as senhoras, sorria para todas, mas não era o sorriso apaixonado da vida, era o forçado da conveniência, da necessidade. Choro também por dentro – se fosse há alguns anos atrás me debruçaria sobre meu irmã.

Três anos atrás, em meu décimo sétimo aniversário, me mantinha acordado nas primeiras horas de 1 de janeiro. Não haveria festa, eu não gostava. Na verdade, apenas o desespero me batia no peito. Eu era sozinho e não sentia vida, apenas ilusões. E foi com o sonho que me aliviei. Escrevi sobre meu estado, minha dor de paixões mortas, de amigos incompreensíveis, de solidão infinda e me aproximei do meu anjo. Encharquei minha irmã com o desespero e a dor que me inundavam, e ela nos enxugou, enlaçando-me em um abraço maravilhoso, com uma força de doçura tão poderosa que me desfiz completamente. Meus pulmões se comoveram e entraram em convulsão em uma das mais marcantes danças de amor da minha existência, porém certeza tenho que a mesma nunca veio a entender verdadeiramente o que se passava na minha cabeça e no meu coração.

Meus pensamentos lacrimejam sem parar. Será que, às escondidas, os demais choram? Ou, como eu imagino, perderam o viço dos sentimentos? As pontes entre nós eram cada vez menos atraentes, verdade afiada. Todo o modo de vida pré-fabricado socialmente se fazia presente em meus pais e irmã, portanto eu me sentia com um resto de sonho, com algo diferente, como se ainda detivesse certa liberdade de escolha e controle do meu destino. Mas o que os tinha levado até ali? Por que resolveram estancar e viver de mínimos prazeres e nenhum livre-arbítrio?

Minha mãe, quando mais nova, enfrentara uma ruptura que a modificou por completo. Hoje em dia, tema tão comum para os filhos, a partida há trinta e cinco anos atrás poderia devastar a sanidade familiar. Mamãe e seus quatro irmãos foram criados sob uma atmosfera de sonhos, aquela mesma que conservo em mim até hoje – minhas asas. Acreditavam em lobisomens, saci-pererê, jumentos inteligentes e histórias fantásticas – um dos meus tios crê até hoje que quando tinha 12 anos ficou preso dentro de um frasco de biscoitos. Viviam os pequenos em uma harmonia alimentada por uma suposta tranqüilidade financeira, vasta quantidade de roças e de aventuras em cada uma delas. As meninas eram princesas, os rapazes, príncipes, e de ossos de galinha e terra eram compostos seus reinados.

Então, o fantasma da cozinha que atacava os pães à meia noite foi afugentado. Não existia mais cozinha e aventuras como aquelas, nem mesmo namoro proibido no matagal. As roças estavam sumindo, indo pras mesas de jogos e a família se reduziu a uma cidade, a uma urbanidade realista e fria. Ainda assim, no novo lar, o sonho era mantido de alguma forma; com empenho os meninos e meninas tinham fé que nada havia mudado. O sonho da família se quebrava nos corações daqueles crentes meninos. Acredito que nesse momento que minha mãe se perdeu, o mesmo para os irmãos. Ela viu meu tio mais velho sumir, maluco e com uma mala nas costas, por três anos, até ser encontrado no Rio Grande do Sul. Outro tio nunca mais quis saber da família reunida, se isolando em sua coleção de selos e, posteriormente, de filmes e cartões telefônicos. Um tio mais novo pouco sofreu, por ser ainda tão jovem – ele é o mais alegre da família. Diante disso tudo, minha mãe e minha tia ficaram em casa, sem ação. Sentiam-se responsáveis pela união da família, todavia era uma responsabilidade enorme para duas jovens. No final do primeiro ano de tragédia, minha mãe foi enviada da cidade onde morava para Niterói, para ficar na casa de uma família trabalhando como doméstica. Estava legitimada a desunião familiar.

Essa triste história é repetida de quando em quando por algum familiar materno. Acho que os danos foram realmente irreversíveis, os sonhos (quase) completamente dissolvidos. Ainda hoje minha mãe tenta se manter animada e é conhecida por sua aparente alegria, só que para mim o que ela sente é uma diversão desesperada, uma tentativa já sem verve de recuperar a juventude. Atualmente, ela é consumida pela paranóia de ser a boa dona-de-casa, mesmo lutando para ter sustento próprio. Ela não tem forças, devotando sua submissão ao “chefe da casa”.

Em relação ao meu pai, fica ainda mais difícil bolar uma hipótese para sua frieza. Ele parece triste o tempo todo. Existe uma preocupação contínua dentro dele, assim como um rígido senso de certo e errado muito limitante. Tenho fragmentos mnemônicos de brigas entre ele e minha mãe – eu sempre a defendia. Certa vez, ele me deu uma malinha revestida de recortes de jornal que achei muito bonita. Resolvi deixá-la arrumada, porque eu achava tolamente que poderia viajar a qualquer momento e não teria tempo de me aprontar. Preenchi-a com revistas em quadrinhos e umas poucas roupas. Nesse mesmo dia, meus pais entraram em uma briga e minha mãe ameaçou sair de casa e voltar para sua terra natal. Contente, me apresentei entre eles com minha malinha infantil balançando de agitação e disse que estava pronto pra ir embora. Aquilo cortou o coração deles – e ajudou meu pai a acordar. De uma hora para outra virou outra pessoa – sério e isolado, mas sóbrio.

As pressões internas e externas sempre coagiram meu pai. Desde muito jovem trabalhava no Exercito, até se tornar cabo e abandonar o serviço militar para cursar Contabilidade em uma faculdade da vida. Naquela época ouvia de forma imperiosa a filosofia do meu avô: “Seja íntegro, honesto e trabalhador. Não reclame!”. E isso se traduziu num homem para o qual o trabalho vem em primeiro lugar, de forma alienada. Meu pai não teve momentos para ser feliz, para suas aventuras, para se sentir livre. Não foi como minha mãe que antes de perder isso pôde experimentar dos sonhos e da fantasia – e por isso, mesmo que raramente, ainda perscrutava suas emoções. Ele foi criado na crueza. A bebida e um caso extraconjugal foram suas experiências mais recalcitrantes e que as pressões rapidamente recalcaram. Depois, ofuscou.

Durante as palmas do aniversário, meu pai não está presente – a casa “cheia” de gente para o gosto dele. Converso um pouco com os familiares. Eles elogiam meus pais e os filhos maravilhosos que possuem, educados e inteligentes – somos o exemplo de família. A nenhum deles interessa saber os sonhos que cruzam minha mente, minhas paixões recentes, a minha fantasia única sobre a Terra. No entanto, deles eu consigo captar um pouco de tudo que vivem. São pessoas que bastam de um pouco de coragem para conseguirem ver o potencial explosivo que guardam para a vida. Por que as caras tristes e a alegria por tão pouco? O incômodo que sinto é muito grande.

Minha irmã teve amigos durante uma época da sua vida. Ela os via na escola, saía com eles até, achava seus hábitos chatos para um garoto de família (beber e dançar pelas boates da vida) e sempre estava próxima de alguém. Mas, de fato, ela não era só: tinha a mim. Éramos muito criativos e unidos: antes de dormir, passávamos horas a fio planejando coisas sem sentido, inventando piadas. Éramos próximos demais um do outro e eu me sentia bem com a amizade. Isso durou por muito tempo, e nessa época eu não sentia necessidade de mais ninguém. As mudanças nesse relacionamento se deram por um processo gradativo: minha irmã começou a namorar com alguém sem caráter e violento, o que aos poucos começou a me inquietar e me fazer sentir como se estivesse dentro de uma terrível prisão. Ela conversava comigo sobre garotos e dizia apoiar minha maneira romântica de levar o assunto naqueles tempos, entretanto descobri por uma outra pessoa um segredo dela: após diversas brigas e confusões descobri que a mesma iría casar. Comecei a sair com os amigos que tinha e deixá-la só, na frente da televisão – ela parecia se contentar com isso, quando também não estava próxima do seu atual marido que na época era seu namorado. Assim fomos nos distanciando, e eu fui descobrindo um outro mundo que não podia dividir com ela.

A coroação da nossa separação se deu quando ela finalmente se formou na faculdade e casou, ocasiões as quais não fui convidado. Todas as nossas brincadeiras, que eu cria abandonadas, ela fazia com ele. Foi como uma terceira traição, que me fez desistir do nosso passado. Hoje, não mais nos falamos, mas apenas nos viramos e trocamos um obrigatório: “Bom dia” ou “Boa noite” isso quando o fazemos.

As pessoas que me acompanham essa noite sofrem mesmo como seus rostos denunciam? Fico pensando até quando aqueles adultos – falo adultos porque é uma maneira rápida de se referir a quem acha que já cresceu o suficiente – podem sustentar faces tristes e mal acabadas de desgosto. Meu pai chega, me dá um abraço comum e sério e sai de perto. Não nos damos bem desde que nasci eu acho.

Eu, de alguma forma, sempre contrariei o padrão rígido de valores e pressões que ele se impunha. Quando mais jovem eu aceitava melhor, embora com certa rebeldia – característica que minha irmã, cinco anos mais velha do que eu, nunca apresentara até começar a trabalhar. Com o passar dos anos, cada vez menos fazia sentido o padrão de valores do meu pai. Aposentei a necessidade de horários para tudo e percebi que ficava menos escravo da fome e do sono em horários regulares. Comecei a beber e sair e descobri que essas atividades poderiam me dar prazer e serem controláveis. Uma nova vida estava se abrindo e eu aproveitava tudo com muita emoção. Prolongamento que sinto até agora – a importância de ter acessado o lado proibido foi imensa, sem essa experiência eu seria muito mais covarde quanto a muitas coisas que parecem ser perigosas.

A seriedade paterna, no entanto, se transforma quando ele se dá conta de um detalhe inocente.

“Quer dizer que você voltou a beber?”
“Sim, meu pai”.
“Você faz tudo pra contrariar, não é mesmo?”
“Não, meu pai. Eu voltei a beber porquê eu gosto”.
“Bonito como beber, não é? Eu me esforço tanto por você, pra te dar educação e você faz isso”.
“Mas meu pai, o senhor está tendo sucesso. Eu sou um menino inteligente, com boas notas e capaz de ser criativo e escrever bem. O senhor que não procura ver isso”.

Então, ele se vai. Liga sua preciosa televisão e se fecha em seu mundinho. Estaria chorando agora? Provavelmente, como eu fizera há alguns momentos atrás. Seu choro era sempre contido e isso me entristece muito. Um pequeno detalhe como aquele era capaz de desestruturá-lo e fazê-lo achar que eu era diferente e me associava a criminosos de rua. Esta era a pior coisa do código de bem e mal do meu pai: ele nunca poderia me compreender, nem entender a nuance da maioria das coisas. Ele, talvez ainda quando jovem, fora totalmente modificado e levado a ser um homem moderno e binário em proporções radicais.

Meus amigos, ah... grandes amigos, alguns deles totalmente insubstituíveis, nesse momento me vem o semblante um deles que se foi a vários anos atrás, sinto uma sensação de aço frio atravessando meu coração, pensei que tinha derramado lágrimas suficientes mas a saudade é grande demais, meus amigos são meu porto seguro, tenho um sentimento incondicional por cada um deles de modo a prezá-los praticamente mais que alguns membros da minha família. Eles são meu pilar de sustentação, sei que sempre estarão prontos a me ajudar mas não podem estar sempre comigo.

É o pior retorno ao lar da minha vida. Não existe mais espaço para o meu ser dentro desta casa. Tornei-me profano e demoníaco, embora ainda atraente para os moradores daqui. A aura depressiva será constante em cada visita a este lugar onde não posso ser o que sou. Minha obrigação é simular o jovem que eu era antes, bem antes. Só que o antes era de cores que nunca mais retornarão e esse horizonte é uma cela.

Novamente, sinto a bordoada da realidade. Com que direito me ponho a ser quem analisa essas pessoas e casos? O que eu tenho que os outros não têm? Meus sofrimentos me assaltam agora. Se ali quisesse viver, teria de me enquadrar no cinza. Seria, então, como todos eles, hirto e convencional. A diferença estava na vivência que eu possuía. Mesmo assim, em minha vivência eu atingiria limites – isso não me tornaria convencional após algum tempo?

O retorno àquele lar harmonioso do passado, de fato, está impossibilitado de acontecer. Minhas mudanças me transformaram em alguém paradoxal para esta casa e cada segundo dentro dela me faz ter saudade do meu novo lugar no Rio de Janeiro – este sim que me aceita de braços abertos. Não tenho coragem e nem posso dizer “adeus pais, amo vocês”. Ser o filho perfeito do casal perfeito será minha sina até poder estar livre da cruel dependência financeira.

sábado, outubro 25

Os Sábios Ensinam - As Glórias do Incerto



Levaste a minha Vida ...

Sendo certo de que ...
Tudo o que SOMOS é resultado do que PENSAMOS

Não será menos verdade que ...
- Tudo acontece por alguma RAZÃO
- Nada acontece fruto do ACASO

Existirão de facto razões para justificar
o que a própria razão desconhece.

Obras do acaso são por si só justificadas; foi por acaso

Mas questões e episódios haverão na nossa passagem pela vida,
que tarde ou nunca saberemos o PORQUÊ !!!

- Episódios marcantes, que mexem conosco;
com as atitudes, modo de estar, sentir e pensar

Questiono-me muitas vezes !!!
- Será que existem tipos de pessoas dotadas e pré-destinadas para
cumprir algumas tarefas nesta VIDA?

- Será que a isso alguém apelida DESTINO?
Pois não sei

- E se soubesse?
- Será que tudo era diferente, tudo estaria bem e nada mudaria?
Pois não sei

FELIZ daquele, que mesmo não sendo, tem a capacidade de ser IGNORANTE;

Quem tem essa capacidade, pauta a sua VIDA apenas e só pelos seus quereres
e as suas vontades limitando-se a compreender ...
... que é preciso ACREDITAR para CONSEGUIR

Por tudo isto

- Não vou mais parar de SONHAR
- Não vou mais deixar de ACREDITAR
- Não vou mais deixar de ter FÉ

Hei-de conseguir alcançar o que quero
Não havendo caminho para a felicidade ...
... sendo a FELICIDADE o caminho, vou caminhar ao lado de quem

Muito quero; muito amo; muito adoro; muito estimo

HEI-DE CONSEGUIR

Os Sábios Ensinam - Reencontrando Caminhos...


"Dentes"

Felicidade...
Um sorriso demonstra felicidade ...
Felicidade se aprende.... por isso que um criança nasce sem dentes ...
Uma das coisas que são mais faceis ... de ser ter ..... que se aprende rápido ...
Pois cada um é feliz do seu jeito ...
Pois ela é sua, não é sua não é de ninguem ...
Você comanda a sua alegria ....
Tem uns que são .... felizes ...
Consigo mesmos....,
Amando a outros ....
Ou até mesmo matando outros....
Tudo tem seus extremos ...

Ser feliz é tão bom ...
Difícil é manter ...
Pior ainda ... se vocé é muito feliz.... e se decepciona....
Isso eh triste...
Ficar procurando sorrisos para colocar no rosto....
Para não transparecer ... suas tristezas... é muito difícil....
Mas é necessário ... para não demonstrar fraqueza ...

Confesso... que já passei por isso...
E não eh bom... tento recomeçar, mas não consigo...
Aliás, creio estar superando vagarosamente...
Engraçado....
Quando pequeno, não via a hora que todos os meus dentes de leite caíssem ....
Pois ia me tornando cada vez mais homem ....
Hoje ... um homem ... com responsabilidades ... e uma felicidade ferida ....
Pois bem ... uns dos únicos desejos que tenho ... atualmente ... é de ter de novo meus dentes de leite ....
Para que todos caíssem novamente .... levando consigo ... tudo de ruim ... que possuo em mim ...
E que ao nascerem ... renovassem minha felicidade ... me presenteando com um novo sorriso ...
Passo a passo ... dente por dente ...
Voltando a ser feliz novamente.

segunda-feira, outubro 6

Os Sábios Ensinam - Uma visão Futura?



Minha Elegante Flor Maligna


O mundo do homen é corrupto; "O que é justiça?"
Lute contra a tentação de fazer tal pergunta, oh flor maligna
Eu dou olho por olho quando encaro um sonho hipócrita
Incapaz de distinguir a vida e o mal

A luz cessa, como um embrião abortado
Tu és um ventre de escuridão
Solidão: isso é o que é precioso
E com certeza se tornará sua única aliada

Um a um, eles são banhados em sangue,
Estes que foram concebidos nesta era
Oh, príncipes escolhidos
De veras o combate é um banquete

Ah, eu sou a bela onisciencia
A mãe amorosa que vos deu a luz
O que é alimentado por meu leite
São os irmãos infernais

O selo de uma revelação; "O que é a verdade?"
As sementes do ocultismo enterradas sem nem mesmo saberem que o foram
Como uma espada de dois gumes, saque sua espada contra aqueles que sacarem suas espadas contra você
Somente acredite nas coisas e naqueles que deves proteger
Liberta-te como tu és

Sendo engolidos e tendo a suas intenções assassinadas
Por esse mundo superamadurecido
Que se banha em gritos de seus últimos momentos
Um grupo de cadáveres que simplesmente respiram e vivem

É isto que tu atropelastes
Embora seja fácil de se ter pena, mas
Este é decapitado sem esperança de salvação,
O caminho daquele que trai

Ah, sou a bela e elegante virtude
O amor materno que te nutre e te consome
E aquilo que continua a amadurecer em minhas entranhas
Seriam essas asas grotescas?

A chave para a prisão; será que a verdade existe?
Embora eu a busque, não há fim para a jaula do caos
Toque nas mãos daquele que dispara as flechas da justiça
O falso e o real se quebram, se dobram e se misturam
Até o despontar do amanhecer, tu somente desejarás a si mesmo

Prospere! Floresça!
Sem nunca apressar-se para tua própria queda

O selo de uma revelação; "O que será a verdade?"
As sementes do ocultismo enterradas sem nem mesmo saberem que o foram,
Como uma espada de dois gumes, saque sua espada contra aqueles que sacarem suas espadas contra você
Somente acredite nas coisas e naqueles que deves proteger


O mundo do homen é corrupto; "O que é justiça?"
Floresça orgulhosa ao invés de se fazer esta pergunta, oh flor víl
Eu dou olho por olho, quando encaro um sonho hipócrita
Não há refúgio para a vida e a morte
Em seu momento final, tu morrerás para si mesmo
Abraçe tudo e então entenderás.






É... um tanto caótico devo admitir, porém ontem, um domingo a noite, mais precisamente dia 05 de outubro de 2008, quando voltava para o Rio de Janeiro, vi coisas das quais não gostei, vi coisas que me fizeram pensar na crueldade e desigualdade, na indiferença e no preconceito, na soberba e impunidade que nesse mundo do "homem" predomina, alguns vão me chamar de radicalista, outros podem até pensar de mim como um tanto altruísta ou até mesmo um idealísta, porém a visão geral deste mundo é tórrida e turva, será que o homem ainda tem alguma salvação? Juro que acredito e tenho fé na humanidade mas depois de ver o pouco que eu vi, o que diga-se de passagem me deixou muito mal, e pensar que ainda há uma infinidade de casos identicos ou piores mundo a fora realmente me deixa um tanto discrente...
Deixo com vocês então para interpretar essas palavras e refletir no que elas significam pra vocês em seus próprios conceitos... Chaotic Mode - OFF.
De volta aos textos comuns!
v(^.^)v.

sexta-feira, setembro 19

Os Sábios Ensinam - Mudanças...




É, faz um bom tempo que não escrevo nada especificamente sobre mim, mas antes tarde do que nunca certo?

Ultimamente minha vida deu um giro de 360°, em um momento me vejo bem, em paz, sem muitas preocupações, ainda vivendo com os meus pais em uma vida pacata e cotidiana. Repentinamente, quando me dou conta, estou eu aqui...

É, quem diria... Rio de Janeiro, momentaneamente tudo fica em branco e começo a reescrever as páginas da minha vida em outro lugar, outro ambiente. Sei que o desconhecido me aguarda, aliás, o desconhecido aguarda a tudo e a todos, o que seria do já descoberto se nunca houvesse existido o desconhecido?

Estou desbravando o desconhecido? Creio que sim! Tudo que é novo é assustador no início, porém isso não passa de uma sensação temporária. Como eu lido com a solidão? Ah, isso é fácil, embora esteja sozinho fisicamente em alguns momentos sei que sempre há alguém esperando por mim em algum lugar, sejam meus pais, meus adorados amigos aqui e lá, onde meu coração e minha mente estiverem sei que também vou estar lá então, só então, não me sinto só, nesse ponto creio que seja apenas um estado de espírito.

Alguns acham que a palavra “solidão” é algo temeroso e apavorante a qual nenhum ser vivo deveria suportar... Com certeza é algo cruel em determinado ponto, mas creio que faça parte da vida em algum momento partirmos, talvez do ato de “estar sozinho” em determinados momentos seja algo benéfico para uns, quando o "nós" acaba ficando cruelmente frio ou nocivo a uma das partes ou até mesmo ao "nós" por completo, a partida pode ser um ato de amor próprio e ao próximo, terrível para outros, os quais creêm que não coseguirão viver por si mesmos, mas costumo dizer "Quem tem amigos nunca está só!", pelo menos aos meus amigos e estes o sabem, “Nunca os deixarei sozinhos, embora não esteja próximo fisicamente, nunca esquecerei de você da mesma forma que sei que não esquecerás de mim”, talvez seja algo melodramático para alguns, importante para outros, porem tenho consciência de que assim eu sou e assim sempre serei, em hipótese alguma desampararia meus amigos em momento de necessidade ou não.

O trabalho vai bem, embora esteja aqui apenas 2 semanas, alguns momentos turbulentos, outros calmos até demais, camaradas de trabalhos bem legais, patrão bem estrito e em determinados momentos um tanto estressado demais... mas creio que seja algo natural... Erros? Devo admitir que cometi uma gama durante essas duas semanas, alguns tive uma melhoria de 100% porém outros são por falta de atenção ou por desorientação do momento.
Sinto falta sim, de estar próximo dos meus amigos tanto quanto ficava durante um tempo ou mais exatamente duas semanas atrás, mas tenho amigos aqui também que me dão apoio e isso é muito importante.

Dividirei algo com vocês, embora não acredite que ninguém que eu conheça vá visitar o blog ou até mesmo ler todo esse texto, segunda-feira, quando minha prima retornou de Araruama, trouxe um bilhete um tanto peculiar com ela, era da minha irmã, com qual não falo a mais ou menos 2 anos e meio se não me engano graças brigas constantes com seu atual “marido” o qual apelidei carinhosamente de “marginal”, quem me conhece está um tanto a par da história(pelo menos a quem contei claro), me sinto um tanto dividido nesse momento, não sei se devo conversar e perdoar, mediante a desculpa pífia pela qual ela veio a me pedir perdão, muitos podem achar que sou rancoroso, mas tenho meus motivos, talvez devesse, pelo bem da minha mãe, mas o que faria se isso não fosse o meu bem?

Pondero, pondero e não chego a uma conclusão, tenho convicção e perseverança de que pelo fato de eu ter saído da minha pacata cidade natal e ter enfrentado o desconhecido, embora ainda por pouco tempo, tenho uma agradável sensação de dever cumprido, que batalhei e se não der certo, por minha culpa ou não eu posso dizer “Eu tentei”.

Me sinto realizado, conheci pessoas novas, fiz amigos, vi coisas nunca vistas antes, bebi, me diverti, conversei, contemplei, ponderei, senti, imaginei e sonhei, tudo isso em um tão curto espaço de tempo. Talvez o homem não tenha aprendido ainda o que é a verdadeira essência da palavra “tempo”.

A todos os que me apoiaram, parentes, amigos, conhecidos... A todos que derramaram lágrimas por eu ter partido de minha cidade (Ahhh Adi, não chora não, eu visito oras ^.^),a aquele que se desprendeu de Araruama e veio até o Rio de Janeiro somente para me fazer um grande favor o qual não era nem um pouco abrigado, a minha adorada mãe, grande Mara que mora no meu coração acima de qualquer coisa! Ao meu pai, Sr. Jayme que com singelas palavras me fez sentir a vontade de voltar a minha tão vivida casa caso não tenha o sucesso tão esperado e imaginado, diz o ditado “O futuro a Deus pertence” então que seja o que ele quiser...

A meus amigos que aqui vivem que mostram felicidade em saber que estava a vir morar nesta grande cidade, por meio dessas simples palavras porem infundidas de sentimentos venho agradecer do fundo do meu coração a todos!

segunda-feira, setembro 1

Os Sábios Ensinam - Livre Arbítrio



Livre Arbítrio


O Diabo encontrou Deus e disse:
_Faz muito tempo mesmo não é, meu insólito irmão?
_Tempo demais para que eu pudesse esquecer. Disse Deus sem expressões.
_Eu, pelo menos, não me lembro da última conversa que tivemos. Talvez, para variar, não tenha sido tão importante. Disse o Diabo num tom irônico.
_Porém mais relevante essa nossa conversa anterior, do que decidir o destino da terra dos humanos. Disse Deus.
_Tudo é mais interessante do que isso. Retrucou o Diabo.
_Tudo mesmo. Disse Deus... Até mesmo tentar criar algum sentimento para mim.
_Até uma noite na taverna. Disse o Diabo com um olhar introspectivo.
_Mas existem aqueles que valem a pena. Disse Deus. Alguns eu até não manipulo.
_Por quê, se toda a graça disso tudo é a manipulação? Perguntou o Diabo.
_É que as vezes, mas não tão só às vezes, alguns se tornam tão singulares que não vale a pena sujá-los com nossos dedos imundos.
_Você quer dizer que eles nascem sem saber de nada? Perguntou o Diabo intrigado.
_E muitos morrem ignorantes disso. Respondeu Deus. Tudo que acontece é fruto de nossa própria vontade.
_ Exemplo?!
_Temos um homem qualquer casado com uma mulher qualquer. Ele vai amá-la sempre; mesmo se masturbando nos fins de tarde pensando naquela vizinha e na companheira de trabalho.
_Até então não fizemos nada com ele. Disse o Diabo.
_Acho que sim e não. Disse Deus pensativo.
_Como assim? Pergunta o Diabo intrigado.
_Não podemos ter certeza que se nós não interferirmos nele, ele não faria as mesmas coisas. Disse Deus com um ar de dúvida.
_Porém se fosse comigo eu comeria a vizinha e não contaria a minha mulher! Disse o Diabo em um tom irônico.
_Pois é, é isso o que muitos incluindo você fariam, mas não é o que ele faz. Disse Deus.
_E se você fizesse com que ele mudasse de conduta? Perguntou o Diabo.
_Aí daria tudo errado, pois ele não sabe agir assim, mesmo sendo da maneira mais agradável. Disse Deus.
_Comendo a mulher, a vizinha, a safada da secretária e uma priminha ninfeta, isso seria agradável. Disse o Diabo cainda na gargalhada compulsória com Deus.
_Pra mim sería razoável. Disse Deus.
Os dois riram um pouco mais, porém pararam de rir e fitaram o chão com um olhar de Deja vu. Até que o Diabo disse:
_Livre arbítrio...
_É... livre arbítrio. Disse Deus.

domingo, agosto 17

Os Sábios Ensinam - Singela Simplicidade




Só por hoje direi que estou de mal com a depressão e se ela der as caras aplicar-lhe-ei vinte bofetões de alegria.

Só por hoje darei alta aos analistas, psicólogos, psiquiatras, conselheiros, filósofos e proclamarei que se antes eu era porque era o que eu era, agora sou o que sou porque sou tão feliz quanto penso que sou.

Como penso que sou feliz, logo sou.


Só por hoje direi que a vida é uma festa, acreditarei que a vida é uma festa e farei da festa a minha vida. Só por hoje tomarei um porre.

Só por hoje admitirei que todo homem nasce feliz, passa a infância feliz, depois cresce e esconde a felicidade para que não a roubem, só que daí esquece onde a colocou.


Mas só por hoje lembrarei que estás na minha mente.


Só por hoje rirei à toa e contar-me-ei uma piada tão velha quanto a história daquele sujeito que olhava por cima do óculos para não gastar as lentes.

Só por hoje, revelarei ao mundo que sou feliz e chamarei de absurda toda opinião contrária.
Só por hoje acreditarei que ri melhor quem ri por si mesmo.

Já estou rindo.

Só por hoje informarei a todos que sou tão feliz quanto resolvi ser.


Só por hoje guardarei a serenidade no baú e deixarei que a criança interior brinque comigo o tempo todo.

Só por hoje estarei tão bem-humorado que rirei até daquele anúncio que diz:


"Vende-se uma mala por motivo de viagem."

Só por hoje admitirei que ser feliz é tão simples quanto dizer que sou feliz.


Só por hoje estarei tão feliz que não sentirei falta de sentir falta da felicidade.

Só por hoje expulsarei da minha casa a tristeza e hospedarei a alegria, o sorriso e o bom-humor.

Só por hoje abrigarei a felicidade sob o meu teto, vesti-la-ei com roupas de bem-estar, dar-lhe-ei a comida do sorriso, a bebida da alegria e a divertirei com conversas agradáveis e positivas.

Só por hoje me divorciarei do passado, romperei o namoro indecoroso com os males do presente e casarei indissoluvelmente com a felicidade.


Só por hoje hastearei a bandeira do bom-humor sobre meu próprio território.

Só por hoje decidirei que sou definitivamente FELIZ.


Leonardo Rodrigues





Meu nome é Felicidade!




Faço parte da vida daqueles que tem amigos...
Pois ter amigos, é ser feliz!

Faço parte da vida
daqueles que acreditam...
Que ontem é passado, amanhã é futuro...
E hoje é uma dádiva, por isso é chamado presente!

Faço parte da vida daqueles que acreditam no Amor.
Que acreditam que para uma história bonita não há ponto final!

Sou casada com o Tempo.

Ele resolve todos os problemas.

Ele reconstrói corações, cura machucados, vence a tristeza...

Juntos, eu e o Tempo tivemos três filhos:

A amizade, a Sabedoria e o Amor!!!

A Amizade é a filha mais velha.
Uma menina linda, sincera, alegre.

A Amizade brilha como o sol...

A Amizade une pessoas, pretende nunca ferir, sempre consolar!

A do meio é a Sabedoria...culta, íntegra!

Sempre foi mais apegada ao pai, o Tempo.

A Sabedoria e o Tempo andam sempre juntos!

O caçula é o Amor.
Ah! Como esse me dá trabalho!
É teimoso, às vezes só quer morar em um
lugar...
Eu vivo dizendo:

- Amor, você foi feito para morar em dois corações, não em apenas um...

O Amor é complexo, mas é lindo, muito lindo!

Quando ele começa a fazer estragos...

Eu chamo logo o pai dele, o Tempo!
E aí, o tempo sai fechando todas as feridas que o amor
abriu!
Uma pessoa muito importante me ensinou uma coisa...
Tudo no final sempre dá certo!!!
Se ainda não deu, é porque não chegou o final.
Por isso, acredite sempre na minha família!
Acredite no Tempo, na Amizade,na Sabedoria e principalmente no Amor...
Aí, com certeza um dia, eu, a Felicidade,

Baterei à sua porta!
Tenha tempo para os sonhos...
Eles conduzem sua carruagem para as estrelas!

Ah... desculpe o meu atraso!
É que sou como justiça divina: tardo, mas não falho!!!

Leonardo Rodrigues





O que vem a ser Felicidade?





(Post Especialmente sugeito a mudanças futuras! Aguardem! xD)

quarta-feira, julho 30

Os Sábios Ensinam - Tempo...

Salvador Dalí - A Persistência da Memória

Com o tempo...
Você aprende que estar com alguém só porque esse alguém lhe oferece um bom futuro, significa que mais cedo ou mais tarde você irá querer voltar ao passado...

Com o tempo...
Você se dará conta que casar só porque “está sozinho(a)”, é uma clara advertência de que o seu matrimônio será um fracasso...

Com o tempo...
Você compreende que só quem é capaz de lhe amar com os seus defeitos, sem pretender mudar-lhe, é que pode lhe dar toda a felicidade que deseja...

Com o tempo...
Você se dará conta de que se você está ao lado de uma pessoa só para não ficar sozinho(a), com certeza uma hora você vai desejar não voltar a vê-la...

Com o tempo...
Você se dará conta de que os amigos verdadeiros valem mais do que qualquer montante de dinheiro...

Com o tempo...
Você entende que os verdadeiros amigos se contam nos dedos, e que aquele que não luta para os ter, mais cedo ou mais tarde se verá rodeado
unicamente de amizades falsas...

Com o tempo...
Você aprende que as palavras ditas num momento de raiva, podem continuar a magoar a quem você disse, durante toda a vida...

Com o tempo...
Você aprende que desculpar todos o fazem, mas perdoar, só as almas grandes o conseguem...

Com o tempo...
Você compreende que se você feriu muito um amigo, provavelmente a amizade jamais será a mesma...

Com o tempo...
Você se dá conta de que cada experiência vivida com cada pessoa, é irrepetível...

Com o tempo...
Você se dá conta de que aquele que humilha ou despreza um ser humano,
mais cedo ou mais tarde sofrerá as mesmas humilhações e desprezos,
só que multiplicados...

Com o tempo...
Você aprende a construir todos os seus caminhos hoje, porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para fazer planos...

Com o tempo...
Você compreende que apressar as coisas ou forçá-las para que aconteçam, fará com que no final não sejam como você esperava...

Com o tempo...
Você se dará conta de que, na realidade, o melhor não era o futuro,
mas sim o momento que estava vivendo naquele instante...

Com o tempo...
Você aprende que tentar perdoar ou pedir perdão, dizer que ama, dizer que sente falta, dizer que precisa, dizer que quer ser amigo... ...junto de um caixão... ...deixa de fazer sentido...

Por isso, recorde sempre estas palavras:
O homem torna-se velho muito rápido e sábio demasiado tarde.
Exatamente quando:
JÁ NÃO HÁ TEMPO!

Leonardo Rodrigues

Os Sábios Ensinam - Um elo Inseparável



Quando Você...

Quando você estiver triste, com o coração cheio
de mágoas, me procure. Se eu não puder ajudar,
prometo que tomarei um bom porre com você
e xingarei todos que te deixaram assim!

Quando você estiver feliz e quiser comemorar,
me procure. Se eu não puder ser aquela banda
que você deseja que toque, posso fazer muito
barulho, assobiando, gritando, cantando
e batendo as tampas da panela!

Quando você estiver pra baixo, me procure.
Posso não conseguir levantar seu astral,
mas prometo fazer de tudo para que
você não caia ainda mais!

Quando você estiver com medo de alguma coisa,
me procure. Prometo que vou tirar um sarro da
sua cara, vou me virar do avesso de tanto
rir e você vai criar coragem na hora!

Quando você quiser choramingar pelos cantos,
me procure. Prometo contar muitas histórias
horrorosas, uma pior que a outra e você
vai acabar com essas frescurinhas
no mesmo instante!

Quando você estiver com uma confusão muito
grande na sua cabeça, me procure. Prometo
explicar minuciosamente o quanto você
não entende nada vezes nada!

Quando você começar a se irritar, por achar que
tudo que faço, é só para te irritar, me procure.
Então, nessa hora, farei você entender que
eu estou simplesmente querendo roubar
um sorriso seu, apenas porque:
Adoro você!

Leonardo Rodrigues


A força da nossa amizade vence todas as diferenças...
Aliás... para que diferenças se somos amigos?
Quando erramos... nos perdoamos e esquecemos
.
Se temos defeitos... não nos importamos...

Trocamos segredos...
e respeitamos as divergências...
Nas horas incertas, sempre chegamos no momento certo...

Nos amparamos...nos defendemos...
sem pedir... fazemos porque nos sentimos felizes em fazer...
Nos reverenciamos... adoramos... idolatramos... apreciamos... admiramos.
Nos mostramos amigos de verdade,
quando dizemos o que temos a dizer...
Nos aceitamos , sem querer mudanças...

Estamos sempre presente,
não só nos momentos de alegria, compartilhando prazeres, mas principalmente nos momentos mais difíceis...

Leonardo Rodrigues

AMIGO...


Há certas horas, que não precisamos da paixão desmedida
Não queremos beijo na boca
E nem desejamos corpos a se encontrar
na maciez da cama...

Há certas horas,
Que só queremos a mão no ombro,
O abraço apertado
Ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado
Sem nada dizer....

Há certas horas,
Quando estamos quase pra chorar,
Que desejamos a presença amiga,
A nos ouvir paciente,
A brincar com a gente,
A nos fazer sorrir...

Alguém que ria de nossas piadas mais sem graça,
Que ache as nossas tristezas as maiores do mundo
Ou que nos teça elogios sem fim...
Mas que apesar de todas essas mentiras úteis,
Nos seja de uma sinceridade inquestionável...

Alguém que nos mande calar a boca
Ou nos evite um gesto impensado
Alguém que nos possa dizer:
Acho que estás errado, mas estou ao teu lado...

Ou alguém que apenas diga: Amo você!

Leonardo Rodrigues


Qualquer um pode ficar ao seu lado quando você está certo, mas um amigo verdadeiro permanece ao seu lado mesmo quando você está errado...

Um simples amigo se identifica quando ele te liga. Um amigo verdadeiro não precisa se identificar, pois vocês conhecem suas vozes.

Um simples amigo inicia uma conversa com um boletim de novidades sobre sua vida. Um verdadeiro amigo diz: "O que há de novo sobre você?"

Um simples amigo acha que os problemas pelos quais você está se queixando são recentes. Um amigo verdadeiro diz: "Você tem se queixado sobre a mesma coisa pelos últimos quatorze anos. Saia deste marasmo e faça algo sobre isto."

Um simples amigo nunca o(a) viu chorar. Um verdadeiro amigo tem seus ombros encharcados por tuas lágrimas.

Um simples amigo não sabe o nome dos teus pais. Um verdadeiro amigo tem o telefone deles em sua agenda.

Um simples amigo traz uma garrafa de vinho para sua festa. Um verdadeiro amigo chega mais cedo para ajudá-lo a cozinhar e fica até mais tarde para ajudá-lo na limpeza.

Um simples amigo odeia quando você liga após ele já ter ido para cama. Um verdadeiro amigo te pergunta porque demorou tanto para ligar.

Um simples amigo procura conversar com você sobre teus problemas. Um verdadeiro amigo procura ajudá-lo a resolver teus problemas.

Um simples amigo fica imaginando sobre tuas histórias românticas. Um verdadeiro amigo poderia conhecer e até te chantagear com tudo que ele sabe.

Um simples amigo, quando o visita age como um convidado. Um verdadeiro amigo abre tua geladeira e se serve.

Um simples amigo acha que a amizade terminou quando vocês tem uma discussão. Um verdadeiro amigo sabe que não existe uma amizade enquanto vocês ainda não tiveram uma divergência.

Um simples amigo espera que você sempre esteja por perto quando ele precisar. Um verdadeiro amigo espera estar sempre por perto quando você precisar dele.

Leonardo Rodrigues


Aos meus amigos


Para aquelas pessoas que fazem meu coração sorrir...
Para a galera que sempre esteve junto até mesmo quando eu não estava disposto...
Para a pessoa que eu esperava que me chutasse quando caí, e que foi uma das primeiras que me ajudou a levantar...

Para as pessoas que fizeram a diferença em minha vida...
Para as pessoas que quando olho para trás, sinto muitas saudades...

Para as pessoas que me aconselharam quando me senti sozinho, e me ajudaram a entender que não importa em quantos
pedaços meu coração tenha se partido, pois o mundo não irá parar para que eu o conserte...
Para as pessoas que me deram um força quando eu não estava muito animado. Para as pessoas que amei...
Para as pessoas que abracei...
Para as pessoas que encontro apenas em meus sonhos...
Para as pessoas que encontro todos os dias e não tenho a chance de dizer tudo o que sinto olhando nos olhos...
Para mim...
O que importa não é O QUE eu tenho na vida, mas QUEM eu tenho na vida...Por isso...Guardo todas as pessoas importantes da minha vida em uma caixinha dentro do meu coração...

Leonardo Rodrigues

sexta-feira, junho 6

Os Sábios Ensinam - Auto-Respeito


Auto-Respeito




F
alei em um post de alguns dias atrás que eu tenho a tolerância baixa a falta de sinceridade. Do jeito que eu escrevi antes pode haver uma ambigüidade na interpretação. Vou explicar.
Todos nós sabemos que o poder de decisão sobre o futuro de um relacionamento, por menor que ele seja, cabe também a uma outra pessoa. Somos nós que perguntamos se querem ficar, ir para o motel, namorar ou mesmo casar conosco. Cabe a outra pessoa responder-nos e cabe a nós torcer para que tudo corra como nós planejamos. Não questiono isso, acho isso justíssimo e já expus aqui no blog os argumentos que sustentam a minha última afirmação. Porém, isso não dá margem para que outras pessoas façam de nós, pobres seres, gato e sapato.
Existe uma coisa pela qual eu zelo que se chama respeito. Obviamente é muito importante que você seja respeitado por outras pessoas. Uma pessoa sem o respeito alheio é como aquela fatia de banana que você coloca na vitamina: pode começar no topo, mas uma hora a espiral assassina vai puxá-la para a lâmina e então não restará nada que a identifique como fruta novamente. Mas eu considero ainda mais importante o respeito próprio, mais até que o respeito alheio. E o respeito próprio é uma coisa que nasce com o homem. É ele que, por exemplo, o faz entrar em brigas na escola contra meninos maiores que você, mesmo sabendo que existe uma probabilidade de 95% de levar uma grande surra. Recuar em uma briga dessas seria aceitável aos olhos dos outros, você provavelmente não perderia o respeito alheio. Mas nós homens tomamos atitudes como essas para nos tornarmos aptos a deitar a cabeça no travesseiro e não nos sentirmos como lixo. Eu não sou muito de brigas escolares, mas já entrei em brigas sabendo que iria apanhar e não deu outra. Mas mesmo apanhando, consegui deitar o meu olho roxo no travesseiro e sentir-me como se falasse grosso ao meu oponente: “Aqui não, comigo o buraco é mais embaixo”.
Mantive-me respeitando a mim mesmo. E ser pisoteado seguidas vezes por uma outra pessoa, por mais bonita e gente boa que ela seja, fará com que eu perca ao menos um pouquinho desse respeito que eu devoto a mim. Até onde eu sei o que rolou foi apenas um "desencontro": em um momento algo era sentido por ambos e derrepente somente eu continuava a sentir algo, não entendo o porque, mas acho que nem tudo na vida podemos entender não é mesmo? . Não existe, na verdade um dilema sobre o que fazer. Vou continuar vivendo, até mesmo porque se eu desistisse agora eu também perderia um pouco daquele velho respeito que eu devoto a mim. Mas tudo tem limite, não vou tolerar mais desencontros, se algum dia a contraparte entender o que houve e vier até mim em uma opção muito remota talvez eu ainda esteja esperando. O que não faltam por aí são doses de uísque, garrafas de vinhos e amigos onde eu possa me consolar.

Leonardo Rodrigues

segunda-feira, maio 5

Os Sábios Ensinam - AutoConhecimento

Ninguém


Ninguém é tão forte que nunca tenha chorado.
Ninguém é tão auto-suficiente para nunca ser ajudado.
Ninguém é tão fraco, que nunca tenha vencido.
Ninguém é tão inválido que nunca tenha contribuído.
Ninguém é tão sábio que nunca tenha errado.
Ninguém é tão errado que nunca tenha acertado.
Ninguém é tão corajoso que nunca teve medo.
Ninguém é tão medroso que nunca teve coragem.
Ninguém é tão alguém que nunca precisou de alguém!

Leonardo R. A.

AUTO-ESTIMA

Se um dia alguém fizer com que
se quebre a visão bonita que você tem de
si, com muita paciência e amor reconstrua-a.
Assim como o artesão recupera a
sua peça mais valiosa que caiu no chão,
sem duvidar de que aquela
é a tarefa mais importante,
você é a sua
criação mais valiosa.
Não olhe para trás.
Não olhe para os lados.
Olhe somente para dentro, para
bem dentro de você e faça
dali o seu lugar de descanso,
conforto e recomposição.
Crie este universo agradável para si.
O mundo agradecerá o seu trabalho.
"Não há noite tão longa que não encontre o dia."

Leonardo R. A.


EU APRENDI ...
... que eu não posso exigir o amor de ninguém. Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência para que a vida faça o resto; ... que não importa o quanto certas coisas são importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e jamais conseguirei convencê-las; ... que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

EU APRENDI ...
... que posso usar meu charme por apenas 15 minutos; depois disso, preciso saber do que estou falando; ... que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida; ... que, por mais que você corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos de nosso caminho.

EU APRENDI ...
... que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência; ... que posso ir além dos limites que eu próprio me coloquei; ... que eu preciso escolher entre controlar meu pensamento ou ser controlado por ele.

EU APRENDI ...
...que os heróis são pessoas que fazem o que acham que devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sentem; ... que perdoar exige muita prática; ... que há muita gente que gosta de mim, mas que não consegue expressar isso.

EU APRENDI ...
... que, nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar minha vida; ... que eu posso ficar furioso, tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel; ... que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis. Será uma tragédia para o mundo se eu conseguir convencê-la disso.

EU APRENDI ...
... que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, e eu tenho que me acostumar com isso; ...que não é o bastante ser perdoado pelos outros; eu preciso me perdoar primeiro; ... que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.

EU APRENDI ...
... que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu fiz quando adulto; ... que, numa briga, eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver; ... que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem. E quando duas pessoas não discutem, não significa que elas se amem.

EU APRENDI ...
... que, por mais que eu queira proteger meus filhos, eles vão se machucar e eu também serei machucado, isso faz parte da vida; ... que minha existência pode mudar para sempre em poucas horas, por causa de gente que nunca vi antes; ... que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.

EU APRENDI ...

... que a palavra "amor" perde o seu sentido, quando usada sem critério; ... que certas pessoas vão embora de qualquer maneira; ... que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas que eu acredito. Se aprendêssemos algumas coisas, tudo seria mais fácil...certas coisas realmente eu já aprendi...outras...ainda não...


Durante esse feriado e os dias seguintes, pensei e pensei bastante, pensei nas prioridades que imponho a minha vida, minhas desventuras, meus desejos, minhas paixões, meus deveres, meus amores e meu "eu", creio que cheguei a algumas conclusões e outras não, sinceramente creio que algumas coisas só se resolvam com o tempo mas que com certeza não irão se resolver sozinhas...
Pensei e logo cheguei a conclusões e ainda mais dúvidas, pensei e logo desenvolvi resoluções e uma série de erros constantes, acho que deveria de fato dar tempo ao tempo, acho que essa talvez seja a base do autocontrole, se conhecer mais e saber quais são seus limites, identificar seus próprios erros, fazer por onde corrigi-los e agir com mais cautela, acredito que me conheço mas meu reflexo no espelho muitas das vezes me diz o contrário, talvez tenha aprendido muitas coisas ... mas outras ... ainda não ...

Leonardo Rodrigues