A dúvida que é duvidada
Escorrego sobre a acentuada curvatura da dúvida,
num movimento compacto e interminável.
O caminho que percorro,
caracteriza-se por um tempo incerto e pela incessante fricção do corpo,
consequente ao contacto com o passado e com o presente.
Não deslizo como quando era pequeno e me deixava resvalar nos escorregas de várias alturas; este escorregar provoca-me dor.
Na tentativa de encontrar a localização deste sofrimento,
fecho-me em mim como se de uma concha tratasse,
na ideia de que "a solução está em mim" ... embora em vão.
Eu sei que sem o exterior não sou ninguém;
eu sei que os meus pensamentos estão embebidos no exterior;
eu sei que os meus sentimentos estão mergulhados no exterior; eu sei.
Esforço-me para ser racionalmente emotivo ou emocionalmente racional. Será que me esforço? Nesta conjuntura e, decidida a pensar pensamentos,
começo a imaginar as próprias sinapses a estruturarem-se de tal forma que parecem constituir um emaranhado de pontos de interrogação, que me fazem exclamar: o que pensar?
Num movimento ulterior e, já aberta ao exterior, poderia então exclamar: o que dizer?
Lamentavelmente não vislumbro nenhum elemento que me ajude a fantasiar o futuro. Se encontrasse esse referencial dentro ou fora de mim, poderia repensar o presente que seria já passado e revitalizaria-me, com um elixir onde seria predominante uma maior segurança para voltar a sentir, fosse o que fosse.
Disto sim, estou certo que tenho a certeza.
num movimento compacto e interminável.
O caminho que percorro,
caracteriza-se por um tempo incerto e pela incessante fricção do corpo,
consequente ao contacto com o passado e com o presente.
Não deslizo como quando era pequeno e me deixava resvalar nos escorregas de várias alturas; este escorregar provoca-me dor.
Na tentativa de encontrar a localização deste sofrimento,
fecho-me em mim como se de uma concha tratasse,
na ideia de que "a solução está em mim" ... embora em vão.
Eu sei que sem o exterior não sou ninguém;
eu sei que os meus pensamentos estão embebidos no exterior;
eu sei que os meus sentimentos estão mergulhados no exterior; eu sei.
Esforço-me para ser racionalmente emotivo ou emocionalmente racional. Será que me esforço? Nesta conjuntura e, decidida a pensar pensamentos,
começo a imaginar as próprias sinapses a estruturarem-se de tal forma que parecem constituir um emaranhado de pontos de interrogação, que me fazem exclamar: o que pensar?
Num movimento ulterior e, já aberta ao exterior, poderia então exclamar: o que dizer?
Lamentavelmente não vislumbro nenhum elemento que me ajude a fantasiar o futuro. Se encontrasse esse referencial dentro ou fora de mim, poderia repensar o presente que seria já passado e revitalizaria-me, com um elixir onde seria predominante uma maior segurança para voltar a sentir, fosse o que fosse.
Disto sim, estou certo que tenho a certeza.
Um comentário:
Esforço-me para ser racionalmente emotivo ou emocionalmente racional. Será que me esforço? Nesta conjuntura e, decidida a pensar pensamentos,
começo a imaginar as próprias sinapses a estruturarem-se de tal forma que parecem constituir um emaranhado de pontos de interrogação, que me fazem exclamar: o que pensar?
E quanto a segurança, eu sempre tive, eu que me afastei dela e me desequelibrei. Guri, tu tem bola de cristal pra adivinhar pensamentos?
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